Já reparou como, às vezes, os relacionamentos parecem repetir os mesmos padrões? Mudam os nomes, os rostos, mas as dores… continuam parecidas.
A chamada teoria do espelho traz uma proposta delicada e potente: a de que atraímos, no amor, não apenas aquilo que desejamos, mas também aquilo que ainda precisamos entender, acolher ou curar em nós mesmas.
Essa ideia pode até parecer desconfortável num primeiro momento — afinal, ninguém gosta de pensar que suas escolhas afetivas refletem suas próprias feridas. Mas ela também abre caminho para algo poderoso: a consciência.
O que a teoria do espelho nos convida a enxergar?
Segundo o especialista Henri Fesa, médium e estudioso de relacionamentos, os vínculos que construímos são como reflexos do nosso estado emocional interno. Por isso, quando não temos clareza sobre nossas inseguranças, medos ou feridas antigas, corremos o risco de entrar em relações que as repetem — e não que as curam.
Medo de abandono? Talvez você se envolva com pessoas emocionalmente distantes.
Baixa autoestima? Pode aceitar menos do que realmente merece.
Essas dinâmicas não são castigos, mas alertas. Um convite para voltar o olhar para dentro.
Amor próprio como ponto de partida
Antes de buscar um novo amor, talvez o mais honesto seja buscar um novo olhar sobre si mesma. Práticas como terapia, escrita reflexiva, meditação ou até mesmo a espiritualidade podem nos ajudar a identificar os padrões que carregamos — e, com gentileza, transformá-los.
Quando você começa a se entender, respeitar seus limites e reconhecer seu valor, passa a atrair relações mais saudáveis. Relações que não pedem esforço para provar, mas espaço para ser.
Relacionamentos como espelhos, não como salvação
A teoria do espelho não é uma condenação. Pelo contrário: é um convite ao crescimento. Cada relacionamento pode ser uma chance de aprender algo novo sobre você. De evoluir, de se fortalecer, de sair mais consciente — mesmo quando não dá certo.
Amar com maturidade é entender que o outro não vem para te completar, mas para caminhar junto.
E quanto mais você se conhece, mais afinadas ficam suas escolhas. Porque quem se cura, escolhe diferente.